quinta-feira, 8 de abril de 2010

Internacional:Ex-ministra é apontada como a fofoqueira da suposta traição Carla Bruni-Sarkozy


A ex-ministra da Justiça Rachida Dati, que ocupava um cargo de destaque na Presidência de Nicolas Sarkozy, está agora na defensiva. Ela é apontada como a responsável por vazar informações sobre o suposto caso de traição, tanto do presidente francês quanto de sua mulher, a primeira-dama Carla Bruni.

Filha de um operário marroquino e de mãe argelina, Rachida se tornou ministra da Justiça em 2007. Com 44 anos, ela encarnava a vontade de abertura demonstrada por Sarkozy às minorias descentes de imigrantes.

Elegante, presente num mundo masculino e, com frequência, de mais idade, ela se tornou ídolo das revistas de fofoca.

Rachida está agora no centro de um imbróglio político-midiático. Ela nega qualquer envolvimento na divulgação de insinuações sobre o estado do casamento de Sarkozy com a a ex-top model e cantora de sucesso Carla Bruni.

A suposta fofoca de Rachida virou questão de Estado. Segundo o jornal Le Monde, a polícia foi encarregada de investigar a ex-ministra.
Carla Bruni apoia Rachida

"Rachida Dati, a desgraça final", era a manchete do jornal Libération (esquerda). "Sarkozy furioso contra Dati", dizia Le Parisien (popular)
Já afastada do governo no ano passado, a ex-protegida de Sarkozy contra-atacou: "Não tenho medo de nada" mas "é preciso que isso cesse, que isso pare", afirmou nesta quarta-feira (7), evocando "rumores, calúnias, fofocas" escandalosas.

Rachida acabou recebendo, nesta mesma quarta, o apoio inesperado de Carla Bruni. Procurando acalmar a tempestade em torno desses boatos, a primeira-dama da França assegurou que ela e seu marido não viam nenhum "complô" contra o casal e afastou as acusações contra a ex-ministra. "Ela continua nossa amiga", disse.

Rachida jura não acreditar nas informações mencionadas na imprensa, "sejam sobre investigações ou escutas telefônicas". Mas destacou que disseram "coisas atrozes" sobre ela e que "agora, basta".

Só se fala nisso em Paris

O assunto começou no mês passado com um bilhete sobre supostas dificuldades no casal Sarkozy publicado num blog no serviço online da revista Le Journal du Dimanche que repetia rumores que circulavam na internet e nas mesas dos ricos de Paris últimas semanas.

Após uma longa repercussão na imprensa britância, a história chegou no final de março à França, com a demissão de dois responsáveis pela publicação da informação.

No final de semana passado, pessoas ligadas ao presidente Sarkozi chegaram a falar de uma possível "instrumentalização" e de complô" para desestabilizar o chefe de Estado.

Esta não é a primeira polêmica envolvendo Rachida Dati, que se tornou deputada europeia e prefeita do chique "VII arrondissement" de Paris.

A ação desta magistrada de formação no Ministério da Justiça lhe valeu numerosas críticas. Seus aparecimentos mundanos com roupas de grandes estilistas, belos penteados e sorrisos também irritavam alguns.

O nascimento de sua filha, uma menininha, no ano passado motivou muitas fofocas sobre a identidade do pai, jamais revelada.

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