sexta-feira, 2 de abril de 2010

Esportes: Recuperação

RAPHAEL CARNEIRO

As declarações do presidente do Sindicato Baiano de Árbitros de Futebol (Sinbaf), Fernando Andrade, em matéria publicada na edição de ontem da Tribuna da Bahia causaram polêmicas. A divulgação de que apenas 15 árbitros foram aprovados no teste de avaliação da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf) da CBF acendeu o alerta em relação à qualidade da arbitragem estadual. Mas, de acordo com o presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues, a interpretação estava errada.

O dirigente informou que houve uma modificação no teste de arbitragem da Fifa e, aqueles que estariam reprovados segundo Fernando Andrade, na verdade não atingiram uma média pré-estabelecida. “Mas isso não quer dizer que estejam reprovados. Eles terão um novo teste, no dia 15 de abril, em Recife”, afirmou.

Esta nova etapa já estava prevista e vai reunir os árbitros de diversas partes do País que não atingiram a média estabelecida pela Fifa. Os profissionais baianos foram orientados pela federação deste novo teste de esforço físico e agora cada um decide se vai ou não realizá-lo, por conta própria. Somente depois da segunda avaliação é que eles estarão reprovados ou não pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para trabalharem nas Séries A e B do Brasileiro.

RENOVAÇÃO – O presidente da FBF aproveitou também para rebater as críticas de que não há renovação na arbitragem estadual. Segundo ele, até 2002, mais de 280 árbitros haviam sido formados em um curso em parceria com uma universidade baiana. “Mas nem 10% estavam sendo aproveitados”, comentou.

Por isso, a federação teria reduzido a quantidade de cursos e passou a agir com mais cautela antes de reconhecer formados em cursos de fora da entidade. “Não estou trazendo árbitro para apitar society. Estou trazendo para partidas internacionais. Meu objetivo é nível Fifa”, disse citando, entre outros nomes o de Marielson Alves Silva, que já está no quadro da CBF, para comprovar a renovação na arbitragem baiana.

A opinião foi a mesma do ex-árbitro Paulo Celso Bandeira, hoje membro da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol (Ceaf). Ele adiantou que a Federação vai iniciar um curso em parceria com a Ucsal: “Só não podemos é sair reconhecendo árbitros formados em todos os cursos. Aí não teríamos onde colocar tantos profissionais”.

Paulo Cesar Bandeira nega declarações

Citado por Fernando Andrade na reportagem publicada na edição de ontem da Tribuna da Bahia, o ex-árbitro Paulo Celso Bandeira procurou a reportagem da Tribuna da Bahia para negar as declarações. “Foi uma traição dele. Ele aproveitou um bate-papo informal que tivemos em Pituaçu e transformou em reportagem, sendo que com informações erradas. Uma tremenda desonestidade”, disse irritado.

Em entrevista ao jornal, Fernando Andrade criticou a atuação da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol (Ceaf) e afirmou que “o próprio Paulo Celso me disse que nunca fez uma escalação de arbitragem, e que o trabalho que tentou fazer no órgão foi rejeitado pelo presidente da FBF. Deixou claro que não saiu, porque exerce a função de observador da CBF, e ganha R$ 400 por cada partida trabalhada”.

Bandeira, que hoje trabalha como corretor de imóveis, esclareceu que foi convidado pela FBF para um trabalho mas não aceitou porque iria atrapalhar sua vida profissional. No entanto, ele continua membro da Ceaf, instrutor de curso da Federação Bahiana de Futebol e observador da CBF, segundo ele recebendo R$ 300 por jogo.

Árbitro durante 22 anos, Bandeira trabalhou em 535 partidas entre os anos de 1974 e 1996. Hoje é um dos responsáveis por orientar os árbitros no Ceaf e explicou que a responsabilidade de sortear a escala das rodadas é exclusiva de Wilson Paim, diretor da FBF

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